O Folar de Olhão é o folar que me acompanha desde sempre! Cresci a ver a minha avó Juliana a fazer folares na Páscoa, pensando eu que era tão fácil, pois ela fazia tudo parecer tão fácil, amassava à mão folares para todos nós. Não querendo mentir, a minha avó fazia mais de 10 folares de cada vez, todos de tamanhos diferentes, cozidos em tachos de alumínio. Na hora de os cozer, lá íamos nós com os tachos na mala do carro, para os cozer nos fornos das fábricas do pão de Olhão. Uns anos íamos à Aliança, noutros aos ‘Mau-maus’. Dependia de quem ia ter os fornos ligados e disponibilidade para nos receber. Só depois de ‘crescida’ comecei a dar valor a tudo isto, ao que marca a minha história de vida. Coisas que eram tão tidas como minhas, que na altura não lhes dava a devida importância. Ontem fiz três folares. Amassei-os na batedeira, cozi-os no forno aqui de casa, tudo muito diferente, mas ajustado à realidade dos nossos dias e que espero que daqui a uns anos, a minha filha dê o devido valor. O Folar de Olhão, para quem não conhece, é um folar doce, feito em camadas, com uma mistura ainda mais doce pelo meio. Em 2019 eleito como uma das 7 Maravilhas Doces de Portugal. Existem diversas receitas, a que aqui hoje vos trago, é a receita como a minha avó o fazia. Quando à forma, continuo a fazer a forma tradicional, embora nos últimos anos, tenha visto que começaram a fazer o folar enrolado, são opções que respeito e até gosto, tanto que fiz um deles assim. Creio que na cozinha há sempre lugar para todos, sempre com respeito mútuo.
Unte formas ou tachos de alumínio com um pouco de manteiga e disponha no fundo da forma ou tacho uma folha de papel vegetal. Usei duas formas de 14 cm e uma de 16 cm (enrolado). Reserve.
Com a água e a erva doce, faça um chá, levando-os ao lume até ferver. Irá precisar de 100 ml de chá. Coe e Reserve.
Aqueça levemente o leite e dissolva nele o fermento com uma colher de chá de açúcar. Deixe ativar.
Derreta a margarina com a banha. Reserve.
Bata os ovos. Reserve.
Coloque a farinha na taça da batedeira, coloque-a em andamento e deite dentro as gorduras, os ovos, o açúcar, o fermento e a raspa de limão. Deixe a batedeira amassar até obter uma massa areada grossa.
Com a batedeira em andamento, vá juntando o chá de erva doce até que a massa ganhe uma consistência que comece a despegar das mãos. Amasse bem.
Prepare os ingredientes para colocar entre camadas: numa taça misture o açúcar amarelo com a canela, noutra coloque a margarina, e use duas colheres pequenas para ir retirando 'nozinhas' de cada vez.
Retire a massa para a bancada. Divida-a em porções para fazer as folhas de massa. Para as formas que usei (14 cm), precisei de cerca de 90g de massa para cada folha. Divida a massa em porções.
Para montar os folares, comece por colocar uma porção de açúcar e canela no fundo da forma e por distribuir umas 4 a 5 'nozinhas' de margarina.
Com um rolo, abra um disco de massa e coloque-o na forma, sobre o açúcar e a margarina. Volte a colocar a mistura de açúcar e canela por cima da massa e 'nozinhas' de margarina.
Repita esta operação até ter 8 folhas de massa, o que não deve exceder os 2/3 da capacidade da forma, para dar lugar a que o folar cresça sem transbordar.
A última camada de massa deve igualmente ser coberta com a mistura de açúcar, canela e margarina.
Repita a operação de formar os folares com a restante massa (veja os vídeos). Deixe os folares levedarem, podendo até deixá-los de um dia para o outro.
Coza-os em forno pré aquecido a 180ºC, durante cerca de 1h30m, verificando a cozedura com o teste do palito. Se a partir de 1h de cozedura começar a verificar que por cima ficam demasiado queimados, tape-os com papel de alumínio até que estejam cozidos.
Retire os folares do forno, deixe-os arrefecer 15 minutos e desenforme-os de seguida, colocando-os num prato de servir.
Os vídeos com a reportagem de como fiz estes folares estão disponíveis num destaque próprio no nosso Instagram, visite-o!
Ingredientes
Procedimentos
Unte formas ou tachos de alumínio com um pouco de manteiga e disponha no fundo da forma ou tacho uma folha de papel vegetal. Usei duas formas de 14 cm e uma de 16 cm (enrolado). Reserve.
Com a água e a erva doce, faça um chá, levando-os ao lume até ferver. Irá precisar de 100 ml de chá. Coe e Reserve.
Aqueça levemente o leite e dissolva nele o fermento com uma colher de chá de açúcar. Deixe ativar.
Derreta a margarina com a banha. Reserve.
Bata os ovos. Reserve.
Coloque a farinha na taça da batedeira, coloque-a em andamento e deite dentro as gorduras, os ovos, o açúcar, o fermento e a raspa de limão. Deixe a batedeira amassar até obter uma massa areada grossa.
Com a batedeira em andamento, vá juntando o chá de erva doce até que a massa ganhe uma consistência que comece a despegar das mãos. Amasse bem.
Prepare os ingredientes para colocar entre camadas: numa taça misture o açúcar amarelo com a canela, noutra coloque a margarina, e use duas colheres pequenas para ir retirando 'nozinhas' de cada vez.
Retire a massa para a bancada. Divida-a em porções para fazer as folhas de massa. Para as formas que usei (14 cm), precisei de cerca de 90g de massa para cada folha. Divida a massa em porções.
Para montar os folares, comece por colocar uma porção de açúcar e canela no fundo da forma e por distribuir umas 4 a 5 'nozinhas' de margarina.
Com um rolo, abra um disco de massa e coloque-o na forma, sobre o açúcar e a margarina. Volte a colocar a mistura de açúcar e canela por cima da massa e 'nozinhas' de margarina.
Repita esta operação até ter 8 folhas de massa, o que não deve exceder os 2/3 da capacidade da forma, para dar lugar a que o folar cresça sem transbordar.
A última camada de massa deve igualmente ser coberta com a mistura de açúcar, canela e margarina.
Repita a operação de formar os folares com a restante massa (veja os vídeos). Deixe os folares levedarem, podendo até deixá-los de um dia para o outro.
Coza-os em forno pré aquecido a 180ºC, durante cerca de 1h30m, verificando a cozedura com o teste do palito. Se a partir de 1h de cozedura começar a verificar que por cima ficam demasiado queimados, tape-os com papel de alumínio até que estejam cozidos.
Retire os folares do forno, deixe-os arrefecer 15 minutos e desenforme-os de seguida, colocando-os num prato de servir.
Os vídeos com a reportagem de como fiz estes folares estão disponíveis num destaque próprio no nosso Instagram, visite-o!
Estou encantada com o fular vou fazer deve ser maravilhoso…
Quebom, espero que goste!
Beijinhos, Carla
que riqueza este folar! obrigada pela partilha. um beijinho Barbara
Obrigada Bárbara. Beijinhos, Carla
Encantada, já estou aqui fazendo!
Que bom, depois diga como correu!
Bjs Carla
Este ano vou experimentar fazer este folar! Mas pensava que levava também sumo de laranja. Pode ser uma opção? Como poderia incorporar? Obrigada!
Olá, pode sim 🙂
Excelente receita tradicional
Em criança recebia o folar da minha prima Lurdes, de Olhão e era delicioso
Só recentemente comecei a fazer folar
Esta receita reproduz integralmente o sabor “da memória”
Muito obrigado pela partilha
Que bom Carlos, fico contente. Para mim, vai ser sempre o Folar da minha avó juliana!
Excelente receita tradicional
Em criança recebia o folar da minha prima Lurdes, de Olhão e era delicioso
Só recentemente comecei a fazer folar
Esta receita reproduz integralmente o sabor “da memória”
Muito obrigado pela partilha
Tão bom!
Sou francês, mas passei muito tempo, durante anos, no vosso maravilhoso país… Ó Portugal!
Este bolo tradicional é um dos meus preferidos, por isso vou experimentar a sua receita… sem garantia de sucesso. Eu sei cozinhar, mas não assar.
Muito obrigado Carla por compartilhar isso!